Lollapalooza 2015: vencedores e perdedores
No sábado, fui ao autódromo de Interlagos, e o som estava ótimo. No domingo, assisti pela TV, e o som estava aquela coisa de show pela TV: sem graves nem agudos.
VENCEDORES
Música eletrônica – Skrillex e Major Lazer no sábado; Calvin Harris no domingo. Foram vistos por muita gente, e por muita gente j0vem e animada. Barulhenta e pop, a eletrônica que está tomando os EUA faz muito sucesso aqui no Brasil também.
Robert Plant – Tocou músicas novas que não mancham a reputação deste senhor de 66 anos e tocou músicas velhas em versões inesquecíveis. “Going to California” emocionou, e a reconstrução de “Black Dog” mostra que Plant é um roqueiro que envelhece com dignidade.
Jack White – Talvez o melhor músico da geração 00? Tradicionalista e ao mesmo tempo único ao usar tantas influências de maneira tão natural.
St. Vincent – Esquisita, barulhenta, pop, teatral, ousada, inquieta.
Pharrell Williams – Existe alguém que tenha mais hits do que esse cara?
Pitty – Sabe fazer música pesada, sabe como atuar em um palco grande e não faz concessões. Passa pela melhor fase da carreira.
Interpol – Banda em ótima fase, que deveria ter tocado em um horário mais nobre do que o meio da tarde de domingo.
PERDEDORES
Fãs de Marina and the Diamonds – Sim, eles existem, não são poucos e não puderam nem pedir o dinheiro de volta com o cancelamento do show.
Alt-J – Músicas que se arrastam num clima monótono. No palco grande, não rolou.
Smashing Pumpkins – Billy Corgan se perdeu em algum lugar dos anos 1990.
Bastille – Rock para quem não gosta de rock.
Bandas brasileiras – Far from Alaska, Boogarins, Fatnotronic: bons nomes que foram colocados para tocar muito cedo.
51 Bonner 13/04/2015 8:21
Crítica superficial, pois!