A guerra do streaming na música – parte 2
Com a consolidação do streaming como método de consumo de música, as empresas do setor se mexem para atrair usuários. Como o catálogo de canções de cada serviço é mais ou menos semelhante (entre 30 e 35 milhões de faixas), essas empresas correm atrás de conteúdos não apenas em áudio e não apenas musicais.
A Deezer, por exemplo, aposta na distribuição de podcasts de notícias e enrtetenimento. O Spotify também vai além: os assinantes dos EUA podem acessar podcasts e vídeos de veículos como ESPN, Vice, MTV e Comedy Central, por exemplo. A este blog, o diretor do Spotify para a América Latina, Gustavo Diament, disse que a novidade deve aparecer para os usuários brasileiros nos próximos meses.
Com mais de 60 milhões de assinantes (15 milhões no serviço pago) no mundo, o Spotify está na liderança do mercado de streaming. A plataforma, lançada em 2008, chegou ao Brasil há um ano.
“Continuamos sendo uma empresa cujo ‘core business’ é a música, mas temos a crença de que através de outros conteúdos em áudio e em vídeo consigamos atrair mais usuários e retê-los na plataforma, e, consequentemente, eles consumirão música”, disse Diament sobre a estratégia da empresa.
O Spotify não divulga quantos assinantes possui no Brasil, mas Diament chama a atenção para um tipo de público: “Somos líderes no mercado de streaming no Brasil, mas, mais importante, terminamos esses 12 meses tendo 79% da nossa audiência entre pessoas de 18 e 34 anos. São os millennials, que cresceram sem pagar por música. Estamos trazendo essas pessoas para um serviço legal, que remunera os artistas”, diz o executivo. “E os artistas nos abraçaram. Como o Gilberto Gil e o Roberto Carlos, que colocou toda a discografia dentro do nosso serviço com exclusividade por três meses.”
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